RELACIONAMENTOS SOB O OLHAR DA ESPIRITUALIDADE – PARTE III

A construção da felicidade real não depende do instinto satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados, garantindo a continuidade das formas físicas em processo evolucionário, é apenas um aspecto das multiformes permutas de amor.

O cativeiro nos tormentos do sexo não é problema que possa ser solucionado por literatos ou médicos a agir no campo exterior; é questão da alma, que demanda processo individual de cura e sobre esta, só o espírito resolverá no tribunal da própria consciência.

Os escravos das perturbações do campo sensorial só por si mesmos serão liberados, isto é, pela dilatação do entendimento, pela compreensão dos sofrimentos alheios e das dificuldades próprias, pela aplicação, enfim, do “amai-vos uns aos outros.”

Na Terra, os psicologistas encarnados, em número considerável, esposaram os princípios freudianos como bases de investigação dos distúrbios da alma. Para o grande médico austríaco, quase todas as perturbações psíquicas se radicam no sexo desviado. Alguns discípulos dele modificaram-lhe algo as teorias.

Os movimentos da psicologia analítica, chefiados por Freud e por duas correntes distintas de seus colaboradores, centralizou o ensino no impulso sexual, conferindo-lhe caráter absoluto, enquanto as duas correntes de psicologistas, inicialmente filiadas a ele, se diferenciaram na interpretação.